Rafael propõe calendário para ampliar diálogo
O presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil, Rafael Marques, participou nesta quinta-feira, 25, da reunião dos segmentos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT.
Durante a atividade, realizada por meio de videoconferência, o presidente avaliou as crises, econômica e sanitária, que influenciam diretamente no posicionamento das empresas em todo mundo.
“A decisão de fechamento da Ford é um exemplo bem claro desse movimento que está acontecendo, com países aumentando ou diminuindo sua densidade industrial”, analisou.
Nesse contexto, Rafael afirmou que a capacidade do México ser o destinatário da reconversão industrial, dentro de estratégias do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela proximidade entre os países é maior que a do Brasil.
Ele destacou algumas medidas que foram tomadas no Brasil, em anos anteriores, como o Inovar-Auto e o Programa de Conteúdo Local para a cadeia de petróleo e gás, como ações possíveis para alavancar o setor nacionalmente.
“Nesse momento, precisamos focar em projetos que estão fora da competição global, como o Programa de Renovação da Frota, Conteúdo Local para petróleo e gás e Política de Exportação”, defendeu.
“Ainda temos questões como o saneamento básico, habitação, saúde e educação, que podem por meio de compras locais impulsionar a indústria nacional destes setores, enfrentando as desigualdades sociais, que ficaram ainda mais latentes com a pandemia”, completou.
O presidente do TID-Brasil propôs a criação de um calendário de diálogo com agentes envolvidos com a questão da indústria, como empresários do setor, federações da indústria pelo Brasil, o Consórcio de Governadores do Nordeste, prefeitos, parlamentos municipais, estaduais e federal e universidades.
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