Formação sindical reúne dirigentes do Sudeste e Centro-Oeste
Mais de 60 dirigentes das regiões Sudeste e Centro-Oeste participaram, por meio de videoconferência, do Módulo 1 do Curso de Formação e Capacitação Sindical – Resistência, Organização e Luta, realizado pelo Macrossetor da Indústria da CUT, o MSI-CUT; o Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil, e o Solidarity Center, da AFL-CIO, nesta terça-feira (6).
O curso foi dividido em 3 módulos com duas aulas cada, para os debates sobre: Organização Sindical, Negociação Coletiva e Comunicação Sindical, o encerramento acontecerá em 13 de julho.
Durante a abertura, a coordenadora do MSI-CUT e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Ramo do Vestuário, a CNTRV-CUT, Cida Trajano, avaliou os desafios da organização impostos pela pandemia.
“É mais que necessário que a gente se organize da melhor forma possível para buscarmos respostas para o momento difícil que estamos enfrentando”, afirmou.
A representante da AFL-CIO, Alexis de Simone, destacou as crises simultâneas que estamos vivendo: da saúde, da economia, da democracia, da desigualdade, da injustiça racial, com portas se fechando aos imigrantes e de desconfiança da sociedade.
“Foi exatamente para transformar essas realidades injustas que nasceu o sindicalismo e a organização sindical é a nossa arma”, defendeu.
Para o presidente do TID-Brasil, Rafael Marques, o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff foi o início dos problemas que o Brasil vive hoje, incluindo o atraso na vacinação, que prejudica a retomada econômica do País.
“Desde o impeachment da presidenta Dilma, o Brasil não conseguiu se acertar economicamente e os golpistas sabem muito bem o que eles fizeram, os golpistas da Lava Jato, da Fiesp e de outras federações empresariais, os do Congresso Nacional e os da mídia comercial. Todos eles contribuíram para o empobrecimento dos brasileiros e brasileiras”, denunciou.
Segundo o dirigente, esse movimento golpista resultou na eleição de uma pessoa despreparada, como Jair Bolsonaro, para enfrentar os problemas sociais, agravados pela pandemia do coronavírus.
“Bolsonaro está aprofundando os problemas com o seu negacionismo em relação à pandemia e essa vacinação lenta
compromete a retomada econômica. Um futuro muito incerto, com crise sanitária, por conta de uma falta de política industrial e do ataque que o movimento sindical vem sofrendo”, completou.
Os cursistas foram divididos em grupos para responderem sobre precarização do trabalho, após a reforma Trabalhista, e como isso tem afetado as relações trabalhistas em empresas da base e sobre como as novas tecnologias adotadas tem impactado esses ambientes e a relação sindical.
A próxima aula do Módulo 1 acontece no dia 13 de abril, a partir das 9h30, pela plataforma do Zoom.
Confira a programação completa: