Os desafios da negociação coletiva na pandemia

“Enfrentamos muitas dificuldades nas negociações coletivas, que foram bastante prejudicadas com a reforma trabalhista, e agora têm sido agravadas com a pandemia”, destacou a coordenadora do MSI-CUT e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Ramo do Vestuário, a CNTRV-CUT, Cida Trajano. 

A afirmação da dirigente aconteceu, por meio de videoconferência, do Módulo 2 do Curso de Formação e Capacitação Sindical – Negociação Coletiva, realizado pelo Macrossetor da Indústria da CUT, o MSI-CUT e pelo Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil, com o apoio do Solidarity Center, da AFL-CIO, na terça-feira (11). 

Com a participação de mais de 50 lideranças sindicais das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o módulo abordou um panorama das principais cláusulas dos acordos coletivos de trabalho, ACT e a importância dos sindicatos no encaminhamento de soluções para a preservação dos empregos e da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, perante as incertezas impostas pela crise sanitária. 

No estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e apresentado por Luís Ribeiro, técnico do Dieese, é possível verificar a importância do papel sindical nos acordos com cláusulas sobre a Covid-19, que atingiram nos meses de abril e maio do ano passado 65,1% e 71,6%, respectivamente, do registro nos órgãos mediadores.  

Efeito Trump

O dirigente Jason Boccacio – sênior em organização, do Departamento de Fortalecimento Sindical do Solidarity Center participou da atividade e comparou o tratamento do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e do ex-presidente Donald Trump ao movimento sindical. 

Segundo o dirigente estadunidense, Trump causou diversos danos à organização sindical no país, alimentando divisões internas, estimulando conflitos raciais entre os americanos e também com grupos de trabalhadores estrangeiros. 

Ele afirmou que sob a Presidência de Biden, os trabalhadores e suas representações têm sido ouvidas e respeitadas, o que tem contribuído para fortalecer o movimento sindical nos EUA. 

A segunda aula do Módulo 2 acontece na próxima terça (18), das 9h30 às12h, também por videoconferência.     

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