BNDES poderá fortalecer a indústria no Brasil?
O presidente do TID-Brasil, Rafael Marques, participou no dia 30 de agosto da apresentação de representantes técnicos do BNDES sobre as possibilidades de investimentos do banco, durante a reunião do Conselho da Executiva do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Na ocasião, o gerente do Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do BNDES, Luiz Daniel Willcox de Souza, e o economista do mesmo departamento, Thiago de Holanda Lima Miguez, expuseram o estudo “UMA VISÃO DE POLÍTICA INDUSTRIAL PARA O BRASIL- Resultados a partir de uma Proposta de Matriz Tecnológica”.
Para o presidente, a iniciativa contribui para nova perspectiva de financiamento e fortalecimento da política industrial no Brasil, mas há um longo caminho a ser percorrido.
“O tema é importante, mas vem perdendo espaço para se reconectar. É um esforço gigantesco e não sabemos se o ambiente global será amigável”, destacou Rafael.
Segundo ele, o 9º lugar do Brasil como parque industrial do mundo pode ser ultrapassado pela Indonésia e o México e uma série de questões se colocam como um trabalho de ‘Hércules’, para um mercado latino americano de 400 milhões de pessoas.
“Os problemas se acumularam de tal forma que não conseguimos criar para valer um projeto sem essa dimensão de 10, 15 anos. Olhar nessa perspectiva e ir fazendo aquilo que poderá ser implementado em curto prazo, as escolhas de médio e de longo prazo para tentar se conectar com o que o mundo tem hoje, caso contrário iremos ficar de fato olhando e a nossa economia vai se voltando mais para o setor primário, de commodities e vamos descer a 14º, 15º parque industrial”, alertou.
“Se conseguirmos colocar o movimento sindical, a academia, o parlamento e o executivo em sintonia com a política industrial e encravada às decisões de política econômica será um grande avanço. A tomada de decisões sobre a política econômica tem que olhar o rebatimento na nossa indústria, aí sim iremos adquirir um outro patamar”, completou o presidente do TID-Brasil.
