TID e Macrossetor fazem balanço de ações

Os dirigentes do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil, e do Macrossetor da Indústria da CUT se reuniram, no último dia 6, para fazer o balanço das ações realizadas durante o ano e projetar novas iniciativas para o próximo período.

Entre as avaliações na pauta, o Seminário: Desafios da Organização Sindical, que aconteceu nos dias 22 e 23 de novembro, teve destaque pela contribuição ao debate do movimento sindical e as transformações no mundo do trabalho diante da nova configuração da indústria.

O presidente do TID-Brasil, Rafael Marques, analisou a conjuntura nacional e internacional diante deste cenário de mudanças.

“Teremos que encarar esse novo momento político nacional com muita solidariedade entre nós”, afirmou.

Para ele, o presidente eleito Jair Bolsonaro desconhece os reais problemas do Brasil profundo.

“O que aconteceu com o Programa Mais Médicos que, após um comentário equivocado, retirou mais de 8 mil médicos cubanos de rincões que o Estado brasileiro nunca ofereceu um médico, comprova que o próximo presidente desconhece o País”, criticou.

A reforma da Previdência e o fim do Ministério do Trabalho também estão entre as preocupações do presidente do TID-Brasil.

“Esse desmembramento, que está previsto para incorporar o Ministério do Trabalho em outros ministérios, destrói as políticas de trabalho que são integradas. E ainda não há espaço para exercer a cidadania do ponto de vista da representação dos trabalhadores”, destacou.

O secretário-geral da Confederação Nacional do Ramo Químico, a CNQ-CUT, Itamar José Rodrigues Sanches, também se mostrou preocupado com a já anunciada extinção do Ministério do Trabalho.

“Há uma clara intenção do próximo governo de criminalização do movimento sindical e temos que estar preparados para isso”, disse.

A secretária-geral do TID-Brasil e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo do Vestuário da CUT, a CNTV-CUT, Francisca Trajano dos Santos, a Cida, reiterou a importância da unidade dos trabalhadores.

“Não podemos apenas pensar cada um em seu sindicato. Temos que despertar os dirigentes para entender esse momento como de união de todos e todas”, disse.

Plano Indústria

Os dirigentes também avaliaram as ações de construção e divulgação do Plano Indústria 10+, com metas para o ano que vem. O Plano também foi apresentado no Seminário: Desafios da Organização Sindical.

Outro tema importante debatido na reunião foi a aprofundamento das relações com entidades internacionais, como a Fundação Friedrich Ebert e a Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais, a AFL-CIO.

China

O secretário de Política Sindical da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT, a CONTAC-CUT, Nelson Moreli, apresentou o material produzido a partir dos resultados da Missão Pequim Xangai, que estreitou as relações entre o Brasil e a China e vem firmando acordos comerciais entre os dois países.

Solidariedade de classe

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, reforçou a necessidade de manutenção e aprofundamento do diálogo com a base social dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Estamos conversando com os sindicatos e o que temos de informações é de que os trabalhadores estão preocupados com a situação do Lula, se solidarizam com o ex-presidente e nos cobram atitudes em relação a essa injusta prisão”, contou.

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