Unidade do MSI é essencial à CUT

A unidade do Macrossetor da Indústria da CUT, que tem sido construída desde a sua criação, em 2012, é exemplo de ação conjunta dos ramos metalúrgico, químico, do vestuário, da alimentação, da construção e madeira e do Sinergia. 

“Sou um entusiasta do Macrossetor, porque vai gerar a nova estrutura que a CUT precisa para continuar a ser a maior central sindical do Brasil”, defendeu o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre. 

A afirmação do dirigente foi feita durante a etapa final do Encontro Nacional do MSI-CUT, realizada em 12 de agosto, por videoconferência, em parceria com o Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil.

Segundo o presidente nacional da CUT, as ações em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras estão na ordem do dia, diante da incompetência do governo de Bolsonaro no combate a pandemia do novo coronavírus. 

“Recebemos a denúncia de que a cada três trabalhadores na área da saúde, só um tem acesso a fazer teste de para detectar o Covid-19”, contou. 

“Caminhamos para uma tragédia ainda maior, com a possibilidade de o País atingir 180 mil, 200 mil mortes”, lamentou Sérgio Nobre.

Ele destacou também que, além desse enorme contingente de vidas perdidas, há milhares de micro e pequenos empresários, que são ex-metalúrgicos, ex-químicos, ex-professores, que diante do desemprego crescente, montaram um pequeno negócio para sobreviver e estão quebrando, em uma crise social e econômica sem precedentes.

“No Distrito Federal mais de mil estabelecimentos do setor de alimentação, como bares e restaurantes quebraram e isso está acontecendo em todo Brasil”, afirmou. 

“A situação só não chegou ao caos total, porque nós, da CUT e do fórum das centrais sindicais, com a participação dos partidos progressistas, pressionamos o Congresso Nacional e fomos fundamentais para a criação do auxílio emergencial de R$ 600 e é o que está segurando a economia. Por isso, não tem gente invadindo supermercado” avaliou. 

“É preciso lembrar que o Bolsonaro e a cabeça financista que esse governo de ultradireita tem não queriam o auxílio, resistiram ao máximo para implementá-lo”, denunciou Sérgio Nobre. 

“Há ideia de constituir a renda básica permanente, que há 20 anos o companheiro (Eduardo) Suplicy defende como um mantra, é fundamental para o País e não sairemos da crise sem uma política de renda básica. Virou unanimidade, inclusive entre os empresários”, completou. 

O presidente nacional da CUT alertou que a pretensão do governo de manter uma renda básica, visando objetivos eleitorais, terá como financiamento a venda das empresas estatais, o desmonte do Estado, com a demissão de funcionários públicos, entre outras maldades aos trabalhadores e trabalhadoras, como carteira verde amarela, sem direitos trabalhistas. 

“Estão fatiando a Petrobras para privatizar, criando subsidiárias da Caixa Econômica Federal e autorizando a venda, o mesmo fizeram no setor elétrico e nos Correios. Não é melhorar o Estado, mas desmontar o Estado”, finalizou. 

Diante desses desafios, impostos pela pandemia – que modificou os locais de trabalho, com o home office e as plataformas e aplicativos – e, antes disso, dos retrocessos nas relações de trabalho, mais de 100 dirigentes de todo o País debateram e apresentaram propostas para o novo modelo de organização e representação sindical. 

A atividade foi coordenada pela presidenta da Confederação Nacional dos Químicos, CNQ-CUT, Lucineide Varjão e contou com a participação dos presidentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, CNM-CUT, Paulo Cayres; da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT, CONTAC-CUT, Nelson Morelli; da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira, CONTICOM-CUT, Cláudio Gomes; do Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo, o Sinergia-CUT, Carlos Alberto Alves e do TID-Brasil, Rafael Marques.

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