Dinheiro novo para uma tarefa nobre

Por Rafael Marques

Muitos economistas têm se debruçado sobre o desafio de fazer o Brasil – mais que crescer -, voltar a se desenvolver e resolver os grandes problemas de infraestrutura e logística, que vem se agravando com o passar dos anos.

É preciso fazer as pazes com os projetos de infraestrutura social, especialmente na saúde, para que seja cada vez mais estruturada, e no saneamento básico. O Brasil deve isso a sua população mais pobre.

O País também precisa melhorar a sua produtividade, com grandes intervenções em ferrovias e hidrovias, melhoria das estradas para ter uma malha logística adequada a um país que exporta muito e que tem em suas commodities um setor importante da atividade econômica.

É necessária uma saída para que o Brasil invista. E não tem conseguido fazê-lo por conta da onda de austeridade insana, defendida por alguns economistas e que retira do Estado a promoção econômica do País, da produtividade e da competitividade.

É preciso pensar em um programa exclusivamente atrelado a investimentos, que autorize a emissão pelo Banco Central de dinheiro novo para uma tarefa nobre.

Para gerar emprego, melhorar a logística brasileira, a saúde e o saneamento básico. Essa medida será muito importante para um período como esse, de um país que vive uma crise de sobe e desce nos últimos anos, ora com PIB negativo e ora com PIB positivo, causador de um endividamento gigantesco.

Prova disso, é que temos 70 milhões, entre pessoas físicas e empresas, negativadas pelos organismos de consulta de proteção ao crédito como SPC e Serasa e é importante acharmos uma alternativa para positivar essas pessoas e empresas e resolver esse problema que é nacional. Para que possam estar adimplentes e criar um ambiente positivo na outra ponta que é a do consumo.

Com a população voltando à formalidade, podendo contrair empréstimos, ter cartões bancários, reativar a vida financeira das pessoas, famílias e empresas.

São duas ações que seriam importantíssimas para que o Brasil saísse dessa encalacrada, dessa maresia, do marasmo do baixo crescimento e do empobrecimento da população por falta de criatividade e de coragem de enfrentar os neoliberais que têm travado o País, com o ‘messianismo’ do teto de gastos, dos que não estão abertos ao debate, quando se quer pensar em novas medidas econômicas para que o Brasil tenha também novas atitudes com a sua população.

Rafael Marques é presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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