Avança ABC: Quase 80 mil empregos perdidos

Foto: Adonis Guerra

Durante a atividade Avança ABC – Diagnóstico Regional, realizada pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, no dia 22 de fevereiro, dois estudos sobre o mercado de trabalho na região foram apresentados: Cenário MEI Grande ABC e o levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

O assessor de Programas e Projetos do Consórcio ABC, Oswaldo Neto, responsável pela elaboração do documento Cenário MEI Grande ABC, de dezembro de 2021, apresentou os principais resultados do levantamento dos microempreendedores individuais (MEIs) das sete cidades. 

Segundo o estudo, até novembro de 2021, o Grande ABC contava com mais de 204 mil MEIs. Só em 2021, entre janeiro e novembro, foram mais de 32 mil novas formalizações, o que representou um crescimento de 19% em relação a dezembro de 2020.

Aponta, ainda, que cerca de 58% dos CNPJs do Grande ABC pertencem ao regime de MEI. As Microempresas (ME) são 31% e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) somam 6,6%. Cerca de 58% dos MEIs da região são do setor de Serviços (58,5%). Na sequência estão o Comércio (23,8%), Indústria (10,6%) e Construção (7%).

“A principal atividade MEI na região, bem como em todas as cidades, exercida por cerca de 7,5% do total de microempreendedores(as) é a que compreende as atividades de cabeleireiros, manicure e pedicure, com mais de 15 mil optantes”, contou.

Para a economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Zeíra Camargo,’não dá para pensar a indústria sem a participação dos representantes dos trabalhadores’. 

Ela destacou a perda na força de trabalho industrial no Grande ABC, setor que representava 37% dos empregos da região, em 2000, passou para 33%, em 2010, e no ano passado era de apenas 24%.

“Estamos falando de 79 mil empregos a menos desde 2010, que foi o melhor período da década e embora o setor metalmecânico tenha perdido muitos trabalhadores em 11 anos, menos 53,4 mil ou 8,5% a menos, ainda detém mais da metade dos postos de trabalho industriais, 52%”, explicou.  

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