Avança ABC: Economia solidária, inclusiva e sustentável

Foto: Adonis Guerra

A inclusão produtiva foi um dos temas abordados durante o Avança ABC – Diagnóstico Regional, evento realizado no dia 22 de fevereiro pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

O diretor-presidente da Cooperativa Acesso Cultural Educacional Sustentável Solidária, a COOPACESSO, Jerônimo de Almeida Neto, explicou que não há ainda um diagnóstico regional sobre os empreendimentos da economia solidária. 

“A emenda parlamentar do deputado estadual pelo PT-SP, Teonílio Barba será destinada exatamente para esse levantamento, que será realizado até o final do ano”, afirmou. 

Segundo Neto, a Unisol – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários em todo Brasil, faz formação e qualificação para os cooperados e formação para gestores públicos para compras da economia solidária, além de orientar os planos de negócios para os empreendimentos.

Para a chefe da Divisão de Geração de Trabalho e Renda, em Diadema, Mariana Girotto, o foco da economia solidária é a sustentabilidade, onde as pessoas estão no centro e os trabalhadores e trabalhadoras são os donos dos meios de produção. 

“Atualmente, a divisão da riqueza no Brasil é totalmente desequilibrada, onde 1% da população concentra 60% do PIB e o modelo da economia solidária rompe com essa desigualdade e é viável e possível”, explicou. 

“A economia solidária está alinhada ao desenvolvimento sustentável, com a utilização de matriz energética mais limpa, que preserva o meio ambiente e inclui as pessoas, a população negra, a juventude, as mulheres e a população LGBTQIA+”, completou.

O presidente da Associação dos Gestores de Recursos Humanos, AGERH, Rogério Sariev, destacou os saberes locais e o que foi se perdendo com o tempo e que hoje faz falta ao desenvolvimento regional. 

“A Philips desenvolvia semicondutores em Ribeirão Pires há 30 anos, tinham laboratórios nas empresas. Hoje querem estagiários com experiência”, criticou. 

Sariev afirmou que a região vive a ‘síndrome do atraso’, com a mão de obra de qualidade envelhecendo.

“Em todos os setores e ramos de atividades há problemas de formação profissional e os profissionais qualificados não têm renda  digna do trabalho deles”, lamentou.

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