Avança ABC: Nova economia está no conhecimento

Foto: Adonis Guerra

Os desafios setoriais da região foram apresentados durante o evento Avança ABC, no dia 22 de fevereiro, e contou com a participação de representantes do comércio, indústria e serviços. 

o vice-presidente de Administração e Finanças da Associação Comercial e Industrial de Santo André, a ACISA, Evenson Dotto, apresentou a pesquisa que é feita trimestralmente com os associados da entidade. 

“Em Santo André, são 83.748 empresas, 23.802 estão no segmento do Comércio. No Grande ABC 58,2% das empresas são MEIs, 31,2% microempresas, 6,6% empresas de pequeno porte e 4% acima disso”, explicou. 

Dotto listou os desafios para melhorar a competitividade: incentivos governamentais ao comércio, diminuição da carga tributária, melhorias da infraestrutura (segurança/transporte público circular), acesso a inovação tecnológica, orientação para comércio eletrônico/vendas on-line (grandes plataformas, redes sociais e WhatsApp) e acesso ao crédito. 

Para o diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, em São Bernardo, o Ciesp, Mauro Miaguti, a nova economia  é baseada no conhecimento, informação, criatividade, design e valores simbólicos.

“A capacidade de uma região inovar e ter sucesso na economia do conhecimento depende do tamanho da sua classe criativa”, defendeu. 

Miaguti destacou os distritos de invocação, como o de Barcelona, Lisboa, Melbourne, Paris, entre outros, com estudantes altamente preparados, acesso a pesquisa de ponta e infra-estrutura. 

“Como estamos na tentativa de criar o Porto Digital no Brasil? Se não desenvolvermos tecnologia iremos perder as grandes empresas e a Agência é o catalisador disso”, alertou o diretor do Ciesp em São Bernardo. 

A diretora da unidade Santo André do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, o Senac, Érika Rohrbacher, apresentou as macrotendências mundiais, como intensificação da demanda por alimentos, aumento da demanda por energia, expansão do entretenimento e turismo, mudança no padrão de produção, urbanização e emergência de megacidades, infraestrutura moderna e competitiva e envelhecimento da população. 

“Inovação não é criar alguma coisa tecnológica, é fazer o que ninguém fez ainda e muitas mentes brilhantes saíram do ABC”, afirmou Rohrbacher. 

Ela apontou uma perspectiva bastante positiva no pós-pandemia para as empresas de serviços, com desafios como variações de receita, dificuldade em estabelecer preços, mão de obra, previsão de demanda, entre outros. 

“É um setor grande e diverso que não é totalmente explorado, enfrenta dificuldades pelo endividamento familiar e o aumento do desemprego, mas tem perspectivas melhores para 2022”, garantiu. 

A diretora também apresentou novas tendências como clubes de assinatura, realidade virtual, segurança de dados, comodidade do cliente, mercados autônomos, entre outros e, por conta disso, “a qualificação profissional sempre será pauta”.

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